sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

PREPAREM-SE!! VEM POR AÍ OUTRA REFORMA!


Isso não é uma profecia, apenas uma conclusão a que chego após considerar certas mudanças comportamentais que vêm acontecendo no decorrer dos últimos vinte anos. Se você tem vivido no planeta terra nos últimos quatrocentos anos então você sabe que a Reforma Protestante foi um marco que realmente subdividiu a história, que antes era apenas dividida em A.C. e D.C. Martinho Lutero, monge católico instigou a mudança necessária à época, uma vez que a Igreja Oficial estava corrompida e criando doutrinas sobre doutrinas, de acordo com a necessidade do clero, entre elas, a venda descabida das indulgências e o pagamento por vagas no céu, inclusive para pessoas que já haviam morrido.
Lutero nunca quis deixar de ser católico, mas apenas que a sua Igreja vivesse o cristianismo verdadeiro, puro e simples, como era pregado por Jesus e que a bíblia pudesse ser lida pelo povo e para o povo. Não conseguiu, por isso precisou romper seus laços com a batina. Desde lá vimos acompanhando o desenvolvimento da “nova doutrina” até vê-la, já no século XX, solidificada como instituição separada do Estado e ramificada de um tronco comum, o Luteranismo, em um punhado de denominações tradicionais, como Anglicanos, Presbiterianos, Batistas, Adventistas, etc. Pois bem, de simples reuniões de oração em um galpão nos Estados Unidos, lideradas por William Seymour, surge a Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza. Alguns fiés não concordaram com a denominação do grupo e com isso surgiram grupos independentes que emergiram em denominações. Também algumas denominações já estabelecidas adotaram doutrinas e práticas pentecostais, como é o caso da Igreja de Deus em Cristo.
Mais tarde, alguns grupos ligados ao movimento pentecostal começaram a crer na doutrina do unicismo em vez da trindade. Com o crescimento da rivalidade entre esses dois pensamentos, ocorre um cisma e novas denominações nasceriam, como a Igreja Pentecostal Unida (Unicista) e as Assembléia de Deus (trinitária). Quando o pentecostalismo aterrisou no Brasil, através de dois missionários, e se alojou primeiramente nos porões da Primeira Igreja Batista do Pará, ninguém fazia idéia do crescimento que teria, o que aconteceu em pouco tempo. Porém daqui desencadeou-se os defensores do neo-pentecostalismo, e ali, há quase 100 anos atrás, acendeu-e o estopim para a futura reforma que estamos preconizando nestas linhas. Como fogo sobre o mato seco, os neo-pentecostais foram “queimando” o solo brasileiro, atingindo os lugares onde os “protestantes tradicionais” não se preocupavam em alcalçar, utilizando a tecnologia em seu favor (emissoras de rádio e televisão), enquanto os tradicionais adotavam uma postura de “deitado em berço esplêndido”. Resultado? O Brasil está sendo evangelizado através de uma doutrina que, de bíblica tem apenas Jesus como filho de Deus e salvador de nossas almas. Seguindo grandezas inversamente proporcionais, enquanto os pentecostais e neo-pentecostais (AD, IURD, IEQ, IUG, TJ, etc) vinham crescendo de forma avassaladora, as igrejas católicas vinham perdendo seus membros e congregados, pois não conseguiam atender ao anseio de seus devotos, que estavam se convertendo aos apelos de prosperidade financeira, cura de todos os males (físicos e espirituais), vitórias constantes na vida e bençãos sem fim, em troca (barganha) de um ato de fé medido através das ofertas entregues aos bispos, apóstolos e ministros. Com essa aquisição de novos adeptos, e a prospecção de conseguir muito mais seguidores (e dinheiro) a doutrina precisava ser “incrementada”. Então as mandingas e crendices populares ou religiosas do “povo que andava em trevas” começaram a ser introduzidas nos ritos destas igrejas. Hoje encontramos crentes com fita no braço (alusão às fitas de proteção do Senhor do Bonfim), crentes tomando banho com a água do rio Jordão (alusão aos banhos de cheiro dos umbandistas), recolhimento de objetos (fotos, peças de roupa) de um ente querido para orações sobre eles ou a queima dos mesmos (alusão a bruxaria e simpatias). Óleo ungido sobre a cabeça (alusão à água benta). “Vales de sal” grosso, onde o fiel anda descalço para ser purificado e abençoado (alusão ao Círio de Nazaré e aos sacrifícios e auto-flagelos realizados em busca de perdão). Crentes fazendo novena, assoprando cornetas (como Josué mandou o povo fazer para derrubar as muralhas de Jericó) para derrubar as muralhas de suas vidas, levando para suas casas rosas perfumadas com o aroma de Cristo para abençoar e perfumar seus lares, e por aí vai. Ou seja, retornamos à fase histórica onde o homem achava que precisava fazer alguma coisa para ajudar Deus na sua salvação. “Eu preciso fazer algo por mim, por isso eu uso esse lenço ungido!” . Esse é o pensamento de muitos.
Mas alguém pode perguntar: De onde vai surgir essa nova Reforma? Eu respondo: do seio da Igreja Católica. Sabe como? Quando ela voltar a cativar os que ainda não foram convertidos pelos “pents” (pentecostais e neo-pentecostais). E isso já está acontecendo. Largue um pouquinho o copo d´água que estava sobre o seu rádio e preste atenção nesses fatos. Tenho acompanhado (à título de curiosidade e análise) algumas “reuniões” de grupos católicos cristãos, como eles gostam de ser chamados. Não são carismáticos e nem gostam de ser confundidos com estes. Quem prega não é um bispo, pastor ou padre, e pode ser um homem ou mulher. Jesus é o centro das prédicas, só se fala Nele e tudo é sobre Ele. Convidam você a orar e não a rezar e os santos católicos não são louvados nem aceitos e Maria é apenas bem-aventurada e a mãe de Cristo, nada mais que isso. Resultado? Estou gostando. Eu, que sou crente tradicional batista, estou gostando do que a tv tem me mostrado. Se eu que já tenho minha fé e minhas convicções formadas, estou gostando, imaginem os que estão por aí, ávidos por Deus, mas que querem fugir do rótulo de “protestante” ou “evangélico”. E, depois de Jesus, o assunto que mais é debatido nestas reuniões é a mandinga e simbolismos utilizados pelos “pents”. Ou seja, esses católicos cristãos sabem, pela bíblia, que essas crenças são erradas e até condenadas pelas Escrituras. Eles estão fazendo exatamente o que Jesus disse para que fizéssemos: “Ide, por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Eles estão pregando o evangelho puro, simples e eficaz, sabem por que? Porque o evangelho é isso. É simplicidade, para que qualquer douto ou ignorante possa entender a mensagem de salvação. Eles já entenderam que quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo é o Espirito Santo e não as “novidades doutrinárias” pregadas. O evangelho não precisa do retoque dos homens, dos acréscimos terrestres, das invensões dos líderes, não...o evangelho já tem Jesus como único e suficiente salvador. Nele (Jesus) não precisamos de fita no braço, pois Ele segura nossas mãos. Não precisamos de óleo ungido sobre nossas cabeças, pois já fomos batizados no Espírito Santo de Deus! Não precisamos de rosas perfurmadas dentro de casa, pois o aroma do cristão verdadeiro, por causa de Cristo, é que preenche o ar dos lares. Sal grosso? Só pra temperar o churrasco mesmo, pois o sacrifício maior Jesus pagou na cruz, não precisamos de outro sacrifício, muito menos nosso! Água e eletricidade não combinam, você pode tomar um choque elétrico colocando um copo sobre o rádio! Que tal apenas orar ao Senhor? Antes não havia o rádio, sequer eletricidade. Será que Deus não abençoava porque não tinha uma outra maneira para que o poder Dele pudesse ser transportado até seus avós?
Católicos Cristãos, continuem assim, pregando o evangelho verdadeiro, sem “inovações” ou “doutrinas de demônios”. Quem sabe, mais a frente, algumas denominações evangélicas acordem e comecem a fazer o mesmo, assim que entenderem que somos salvos pela graça e pelo amor de Deus, não por intervenção ou invensão humana.

C. S. Brito 14.11.2008

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